Em um mundo cada vez mais conectado é bem provável que você faça uso de tecnologias da chamada indústria 4.0, e nem tenha conhecimento disso. Hoje, estamos cercados, e até dependentes de algumas dessas inovações. Trata-se da IoT (Internet das Coisas), Computação em Nuvem, Conexão 5G, Inteligência Artificial, Machine Learning, Big Data, Impressão 3D, Realidade Aumentada e Virtual, entre muitas outras.

A 4ª Revolução Industrial chega com a transformação digital e, com isso a empresa do futuro será – e em alguns casos já é – automatizada, digitalizada e conectada, inteligente, flexível, sustentável e com baixo custo.

Segundo a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano. Essa economia envolve ganho de eficiência, redução nos custos de manutenção de máquinas e consumo de energia.

Por onde começar?

Mas calma, se você nunca ouviu falar nesses termos ou se eles parecem muito distantes da realidade da sua empresa, fique tranquilo. Trata-se de uma jornada, e como toda jornada é necessário um primeiro passo. Leia mais sobre a indústria 4.0 e a jornada para o futuro nesse outro artigo que publicamos sobre esse tema

O processo de adoção das tecnologias da Indústria 4.0 não acontece da noite para o dia, é importante conhecer e entender seu negócio antes de mergulhar nessa jornada. É aí que entra a consultoria especializada, para te ajudar a conhecer seu negócio verdadeiramente, em números, dados, custos, eficiência, pessoas, estratégia, etc, além de fazer o diagnóstico empresarial e traçar estratégias customizadas de acordo com o que a sua empresa necessita.

Vamos lá, um exemplo do dia a dia. Você está em casa e sente vontade de comer um bolo – ou qualquer outra comida que queira imaginar. Com essa pandemia, você resolve tentar fazer em casa mesmo. A primeira coisa que você faz é ver se tem todos os ingredientes. O ingrediente mais importante acabou. Você tem que sair de casa, ir ao supermercado atrás desse único item. Volta para casa, e precisa higienizar tudo o que comprou, e ainda tomar um banho, afinal, estamos em pandemia. Já perdeu a vontade de comer o bolo, não é mesmo?

O exemplo é simples, mas pensando na realidade do seu negócio, a proposta é reforçar a importância de conhecer seus números, dados, de ter uma gestão e controle de tudo o que tem na empresa e tudo o que acontece dentro dela, para que imprevistos como esse, de faltar um produto ou um serviço não ocorram com você. Mas não precisa entrar em desespero, vamos caminhar juntos, um passo de cada vez, em direção ao futuro sustentável do seu negócio.

Empresas do Futuro

Já imaginou comer uma refeição feita por um “algoritmo chef de cozinha”? Essa é a proposta da startup chilena NotCo, que passou três anos desenvolvendo Giuseppe, algoritmo que usa dados nutricionais e sensoriais, além da composição molecular, sobre milhares de plantas e animais para chegar a uma receita de origem vegetal. Hoje, a startup conta com diversos produtos no mercado, NotMayo, NotMilk, NotIceCream e NotBurger, todos criados pelo Giuseppe.

Outro exemplo de uso da tecnologia da indústria 4.0 no ramo alimentício é a compra da startup de inteligência articial e machine learning Dynamic Yield pelo McDonald’s. Com a aquisição, a rede de fast food pretende investir em drive-thru inteligentes. A tecnologia deve analisar fatores como clima, hora, eventos locais, quantidade de clientes e demandas dentro do restaurante, e itens populares para indicar a comida mais adequada ao usuário.

O setor automotivo também tem investido fortemente nas tecnologias da indústria 4.0. Segundo o novo DossierPlus, da Statista, sobre a indústria de veículos sem motorista, de cada dez veículos no mundo, um será carro autônomo até 2030. O relatório ainda estima que a produção de veículos automatizados gere US$ 13,7 bilhões em receita somente nos Estados Unidos. No mundo, o valor deve chegar a US$ 60 bilhões.

De olho na tecnologia

A tecnologia é o grande destaque da Indústria 4.0. “O mais interessante é que não temos um elemento completamente novo, mas sim a evolução de vários elementos que já existiam, como uma internet mais segura e rápida, sensores mais rápidos, computadores mais robustos para tratar do grade volume de dados, Big Data e uma inteligência artificial mais desenvolvida”, ressalta João Mocelin, consultor associado na Blauecke – especializada em consultoria empresarial.

Você já deve ter percebido que quando está pesquisando algum produto na internet, banners e propagandas desse produto começam a aparecer na sua tela. Isso não é coincidência, é o Big Data. Além de fazer esse monitoramento, a tecnologia é capaz de cruzar informações de diferentes fontes, como cadastros de consumidores, banco de dados, históricos de mensagens e de interações com os clientes.

Segundo uma pesquisa da Pricewaterhouse Coopers (PwC) feita com aproximadamente duas mil empresas, 72% acreditam que a análise de dados irá otimizar a relação com consumidores e a inteligência na gestão de clientes, ao longo do ciclo de vida do produto.

Outra tecnologia em crescimento são os robôs colaborativos, conhecidos também como cobots. Já imaginou trabalhar ao lado de um? Os destaques se dão pelo uso simplificado e pela maior interação com seres humanos, diferentemente dos robôs industriais convencionais, que exigem isolamento, os cobots podem ser utilizados em um modelo híbrido. Na indústria, é possível encontrar os cobots nas linhas de montagem: em processos de empacotamento, final de linha, paletização, processos de montagem, abastecimento de máquinas de usinagem, processos de retiradas de peças de injeção e processos de parafusamento.

Como sabemos, o conceito 4.0 é uma realidade para todos os segmentos, não somente da indústria. Exemplo disso, é o uso de um robô no setor da saúde. A Laura, como é chamada, utiliza inteligência artificial para detectar situações anormais em pacientes em hospitais, ela coleta dados autorizados pelo paciente e faz cruzamentos, o que permite prever se o quadro de saúde pode piorar, alertando até sobre risco de morte. Durante a pandemia, o robô também contribuiu realizando triagem virtual com base nos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Indústria 4.0 em tempos de pandemia

Em tempos de pandemia de COVID-19, inovações foram feitas e novas tecnologias surgiram. Isso acontece porque a ciência tende a evoluir e se aperfeiçoar conforme novas necessidades aparecem. Exemplo disso é o fato de milhões de pessoas conseguirem trabalhar no modelo home office e os milhões de EPIs que foram produzidas graças às impressoras 3D e outras máquinas automatizadas.

Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a previsão é de que a Indústria 4.0 movimente US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos.  As tecnologias têm se mostrado cada vez mais essenciais no chamado “novo normal”, em um cenário em que é necessário repensar a forma de trabalhar, de produzir e de oferecer serviços. Por isso, especialistas acreditam que o uso dessas tecnologias habilitadoras da indústria 4.0 irão contribuir para a retomada econômica no período pós-pandemia.

Aprovadas e aprimoradas, as tecnologias estão disponíveis para quem quiser abrir a mente e pensar fora da caixa. A questão é entrar ou não nessa jornada.

Quer saber mais? Agende uma reunião com um consultor associado e entenda como a Blauecke pode te ajudar a pensar no futuro e avançar na indústria 4.0.

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